O senador Magno Malta (PL-ES) lamentou, em pronunciamento no Plenário na terça-feira (1º), a retomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta (2), da análise de recurso da Defensoria Pública de São Paulo que pede a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio. Ele ressaltou a preocupação com o possível resultado da votação e lembrou que três ministros já se manifestaram a favor da descriminalização da maconha. Para o senador, não se pode permitir “que apenas 11 seres humanos decidam sobre a vida de mais de 200 milhões de brasileiros”.
— A maioria da população decide que não quer drogas para os seus filhos e que [o Brasil] é uma nação majoritariamente cristã [...]. Pais e mães de família que não querem seus filhos como zumbis no meio das ruas, jogados debaixo das pontes, em uma cracolândia. E eu conheço os dois lados do balcão [...]. Nós precisamos, na verdade, é ter uma política de prevenção, em que pai e mãe sejam educadores, sem essa história de "porque a escola, na verdade, abre janela para o conhecimento". Quem educa é pai e mãe — destacou.
O senador enfatizou o sofrimento das famílias que lidam com a dependência química e a necessidade de uma política de prevenção efetiva. E pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que intervenha junto ao STF "em nome da maioria dos brasileiros" que se opõem à legalização das drogas. Malta afirmou ainda que a "legalização das drogas terá consequências negativas" em vários aspectos. Um deles, segundo o parlamentar, é que empresas não poderão considerar o consumo de drogas como critério de eliminação para vaga de emprego.
— O dia de legalizar a maconha no Brasil será o dia em que uma companhia que sabe que o cara é maconheiro, que é "cheirador" o contratará para ser piloto. Ou o [dia em que] um grande empresário que convida o cara para ser CEO da empresa dele. Ou um ministro convida um maconheiro, cheirador compulsivo, para ser o motorista dele ou o juiz auxiliar dele — disse.
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